Moda sempre foi assunto desta página. Então vamos falar sobre isso. Historicamente, azul é uma cor vinculada à feminilidade. Inclusive na religião. O manto de Maria, mãe de Jesus, e da Nossa Senhora de Aparecida, são azuis.
Já o vermelho, laranja (não é piada com o Queiroz) e o rosa representavam símbolos de força por serem pigmentos fortes.
As coisas mudam em alguns momentos da história, mas nunca existiu consenso mundial, nem religioso sobre isso.
O rosa era muito usado na Idade Média e no Renascimento, como mostram as representações artísticas da época. É possível ver muitos cavalheiros com calças cor-de-rosa e até Jesus em algumas representações artísticas.
Com a chegada do movimento romântico, no século XIX, o rosa virou a encarnação da ternura, da suavidade, símbolo de feminilidade por excelência.
Só após a 2ª Guerra Mundial houve essa inversão de forma mais ampla, através de um golpe de marketing instituído pelos grandes estilistas do período e também, vejam só, pela boneca Barbie, grande entusiasta das roupinhas cor de goiaba.
Outra vertente explica essa questão utilizando a história política, já que judeus gays teriam que tatuar um triângulo rosa no braço como identificação da orientação.
Isso tudo só vem mudar novamente com a contracultura e os cantores andróginos, como David Bowie. Hoje, não é incomum ver machões topzeras convictos trabalhando com camisas sociais cor de salmão também. Ou seja, a fala da ministra Damares não é, como ela reforçou, uma metáfora e sim um paradoxo sem o menor nexo.
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