Por Helder Maldonado
Beleza é subjetiva. Eu sei. Vai do olhar e do gosto de cada um. Mas assim como os clássicos da música e do cinema, existem certas coisas que são unanimidades porque boas de verdade. Tipo O Poderoso Chefão. E todos os discos do David Bowie. E Marília Mendonça. E As Branquelas (é bom demais, sério).
Mas algumas pessoas provam que não só são verdadeiramente bonitas, como ainda testam os limites do bom gosto para provar o seu ponto.
É o caso, por exemplo, do cantor Bon Jovi. Nem o hétero mais viril e com excesso de testosterona vai negar que o cantor de New Jersey é de fato bonitão.
E a prova disso é que, convenhamos, no quesito moda, ele sempre exagerou e teve um gosto que combinaria também com cantores de axé e sertanejo dos anos 80. Ok que na época que ele surgiu, o dresscode era outro. Mas mesmo para aquele período, já era questionável.
Afinal, se uma pessoa não for bonita de verdade, ela nunca ficará bem de colete de couro com os pêlos do peito à mostra, uma bota de caubói com espora e permanente no cabelo. Só ver o David Bryan, tecladista da banda dele, que tentou seguir pelo mesmo caminho, mas só ficou parecido com um integrante não oficial do Twisted Sisters.
Outro elemento fundamental para descobrir se a pessoa é bonita de verdade é testar se ela fica bem de bigode. Se mesmo a existência de pêlos faciais acima da boca permitirem que o sujeito não pareça um zagueiro do Vasco nos anos 80, é porque ele nasceu privilegiado.
Um exemplo bom dessa teoria é o ator Tom Selleck, um dos primeiros homões da porra no cinema. Tom não só ficava bem com bigode, como ainda melhor com ele.
Já ser careca é o terror dos homens, mas algumas pessoas nem deveriam se preocupar com isso. Porque o cinema e a música já provaram que para a calvície, o melhor remédio não é finasterida e nem implante e sim a aceitação.
Um caso clássico de ator que ficou melhor sem cabelo é Bruce Willys, que só se tornou um galã legítimo dos filmes de porradaria com a falta de cabelo precoce. Na mesma linha, dá para citar Boris Kodjoe, Idris Elba, Jason Statahm e Dwayne Johnson (apesar do crânio inspirado em um amendoim japonês). Vin Diesel não, porque cabelo ou a falta de não salva má diagramação crônica.
Aliás, a aceitação da falta de cabelo é bem mais digna que o exagero na instalação de kits capilares que parecem obras de arte moderna, como os cabelos de marquise utilizados pelos topzeras sertanejos.
Claro que os menos privilegiados podem e devem fazer o que podem para melhorar. É só ter consciência que nem todos os kits ajudarão nesse processo e que não é porque você acha bonito no Bon Jovi, que vai ficar bonito em você. Ser galã legítimo é como ser milionário. Acontece, mas com poucas pessoas. Então, não se ressinta. Infelizmente não é tão bom mesmo. Mas não só para você.
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